Largo do Carmo
O topónimo do Largo do Carmo remonta ao século XIV, quando foi construído o edifício gótico do Convento do Carmo, onde hoje se encontram instalados o Museu Arqueológico do Carmo e o Quartel do Comando Geral da Guarda Nacional Republicana. Corresponde ao antigo largo conventual, onde se fazia o acesso à Igreja e à portaria do Convento mandado construir por D. Nuno Álvares Pereira (1360-1431), Condestável do Reino, que nele ingressou, como Irmão da Ordem do Carmo, em 1423. Muito danificado pelo terramoto de 1755, o complexo conventual foi objeto de vários estudos e tentativas de reconstrução, apresentando-se hoje como uma esplêndida ruína preservada que alberga um património notável.
A configuração como largo urbano inicia-se com a instalação do Chafariz, edificado na segunda metade do séc. XVIII, que ordenou e monumentalizou o espaço público e facilitou o abastecimento de água aos moradores.
No início do séc. XX, aqui se instalou a saída do elevador do Carmo, permitindo a ligação entre esta parte alta da cidade e a Baixa. O espaço é também um lugar de memória, associado a figuras e factos de várias épocas, com destaque para episódios importantes que ocorreram no dia 25 de Abril de 1974 e que marcam a Revolução dos Cravos.