Grémio Literário
Edifício exemplar da arquitetura romântica, com uma fachada simples, interiores Déco e um jardim único nesta área da cidade.
Edifício exemplar da arquitetura romântica, com uma fachada simples, interiores Art Déco e um jardim único nesta área da cidade. Aqui se instalou, em 1875, o Grémio Literário, um dos mais importantes clubes culturais de Lisboa e a sua vitalidade persiste e reaviva-se. Figuras de referência da cultura portuguesa do séc. XIX e XX fizeram desta instituição, criada em 1846, um lugar de tertúlia e convívio, nomeadamente os escritores românticos Almeida Garrett e Alexandre Herculano, do grupo dos seus fundadores.
Na sua atividade destacaram-se conferências e cursos sobre literatura, arte, arquitetura, economia, politica e direito, onde participaram especialistas de renome. Pelas suas salas, biblioteca e pelo famoso gabinete de leitura de jornais passaram gerações sucessivas de sócios e o Grémio Literário faz parte dos cenários de muitas obras de conceituados escritores como Teixeira de Queiroz, Abel Botelho, Ramalho Ortigão, Júlio de Castilho ou Gustavo Mattos Sequeira. Eça de Queiroz, que aqui localizou várias cenas de “Os Maias”, era uma habitual presença no Grémio Literário, a que chamava “a minha Quinta com porta para o Chiado”. Aqui, em 1912, se realizou a primeira exposição “modernista”, onde expôs, pela primeira vez, o pintor e dramaturgo Almada Negreiros.
Atribui anualmente um prémio que distingue obras culturais originais de autores portugueses, exclusivamente referidas ao século XIX em Portugal e, nos últimos anos, têm-se empenhado em ações na defesa e na promoção da língua portuguesa. Tem um núcleo de peças e pinturas com valor e uma importante biblioteca que reúne cerca de 13.000 volumes. Tem também um restaurante, virado para o aprazível jardim da autoria do arquiteto Gonçalo Ribeiro Teles.
Rua Ivens, 37