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Brotéria
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Soltar a Mão

Soltar a Mão não se constrói como um curso que “ensina a desenhar”; não oferece técnicas nem se preocupa com linhas perfeitas em folhas novas, convidando antes a olhar e a admirar o mais pequeno – o que passa despercebido. Por Madalena Tamen e Mané Peixoto

“Não sei desenhar” é uma frase que muitas vezes ouvimos alguém dizer frente a um papel e um lápis. Mas afinal o que é saber desenhar? E será que importa desenhar bem?

O desenho é uma prática que pode ser muito mais espontânea e próxima do nosso dia-a-dia do que aquilo a que nos habituaram a pensar. Pode ser uma ferramenta descomprometida de pesquisa e observação daquilo que nos rodeia; de formulação de ideias; de mediação entre o papel, a memória e o indivíduo.

E tal como muitas outras coisas, o desenho é um hábito. Soltar a Mão pretende, assim, dar uma oportunidade a quem não costuma desenhar – ou que diz não “saber desenhar” – para experimentar e explorar formas descentralizadas desta prática, usando materiais acessíveis no dia-a-dia e libertando a mão e a cabeça de preocupações técnicas.

PROGRAMA:

Desenhar nos Cantos
31 jan: 18h30-20h30
Nesta sessão, queremos continuar a mostrar o fácil que pode ser soltar a mão. Será que precisamos sempre de uma folha em branco? Afinal, o que é que cabe numa folha de rascunho, na margem de uma fotocópia, ou entre as linhas da manchete de um jornal? Desenhar nos Cantos é sobre os pequenos espaços em branco do nosso dia-a-dia, e como dão para muito mais do que pensamos. 

Desenhar e Escutar
21 fev: 18h30-20h30
É costume achar-se que, para começar a desenhar, é preciso ter ideias definidas sobre o que se quer fazer – o famoso “esboço”. Mas um desenho pode ser uma coisa tão inesperada como encontrar um amigo na rua. Ou tão espontânea como uma conversa. Desenhar e Escutar anda à volta da memória, daquilo a que prestamos atenção e das histórias que daí nascem, sem pensar muito. 

Marcação prévia em hs@broteria.org