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Teatro
Ruínas do Convento do Carmo
Largo do Carmo, 1200-092 Lisboa

Os Gigantes da Montanha

Sobre Os Gigantes da Montanha, última e inacabada peça do dramaturgo siciliano Luigi Pirandello, disse a recentemente desaparecida Christine Laurent, que a encenou para o Teatro da Cornucópia em 2008, tratar-se de um texto de “tonalidade paradoxal, uma combinação de sombras e de luz, de encantos e crueldade”.

A ação passa-se no sopé de uma montanha, onde o poeta e mágico Cotrone, o Mago, e o seu grupo de marginais, se encontra com Ilse, A Condessa, e a sua trupe de atores fatigados e desiludidos. Neste sítio, situado “entre dois mundos, entre a vida e a morte”, aquilo que Crotone mostrará a Ilse e à sua companhia de teatro falida é a “alegria vital e caótica do teatro, a necessidade da paixão e do amor, o mistério do erotismo, a dimensão grotesca e irónica da vida”.

Respondendo ao já tradicional desafio de levar o teatro às ruínas do Convento do Carmo em noites de verão, António Pires encena pela primeira vez Pirandello e, ao trazer a cena este “testamento acerca da magia e da imaginação que preside toda a verdadeira criação artística”, homenageia também uma companhia de teatro incontornável, a Cornucópia, usando não só a tradução de Luís Miguel Cintra (ele que foi Cotrone, papel agora a cargo de Adriano Luz), como contando no elenco com atores que estiveram no espetáculo dirigido por Laurent, nomeadamente Sofia Marques (que, aqui, interpreta Ilse, A Condessa) e David Almeida. [texto: Frederico Bernardino/Agenda Cultural Lisboa]

Sessão com Língua Gestual Portuguesa: 5 de agosto, sábado.

Ficha técnica: Ar de Filmes/Teatro do Bairro. Luigi Pirandello, texto; António Pires, encenação; Adriano Luz, Alexandra Rosa, Alexandre Jerónimo, Cassiano Carneiro, Catarina Vicente, David Almeida, Graciano Dias, João Araújo, João Veloso, João Sá Nogueira, Mariana Branco e Sofia Marques, interpretação.

Horário: seg: 21h30; ter: 21h30; qua: 21h30; qui: 21h30; sex: 21h30; sáb: 21h30