Há trabalhos que não se esquecem. Pessoas também. Ou será ao contrário?
Trabalhos que não se esquecem por causa das pessoas que por lá passaram?
O tempo passa a escorrer, e na sua tinta, profetiza profissões de outra hora.
Outrora memórias do presente. Lembranças de um futuro.
Para onde temos de conseguir olhar, como de costume, sem deixar esquecer.
O tom que é recordado ou imaginado.
A expressão que é apanhada ou desejada.
O contraste que é saturado ou abafado.
O passado passado a cores, intemporal.
António Choon DIas
Carlos Miguel Grácio Dias
Nasceu em 1957 em Tete, Moçambique.
Arquiteto licenciado pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa em 1983, aluno da École Superior de Beaux Arts de Bruxeles em 1979/80.
Dirige o seu próprio atelier desde 1987. Foi Assistente na Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa de 1986 a 1994, e Professor auxiliar na Universidade Moderna, Departamento de Arquitetura de 1998 a 2006.
Nunca deixou o desenho e a pintura, onde os traços de diferentes expressões humanas, insistem em ser o ponto de fuga da sua atenção.
Em 2009 tem a sua primeira exposição dedicada a artistas de Jazz, na antiga loja Trem Azul. Em 2019 retoma a tela e o tema com a exposição “expressões de jazz” no Fórum Grandela. Em 2021 leva “Jazz” à Casa da Cultura de Setúbal.
Em 2022 parte para novas paisagens no Mercado P’la Arte, trazendo memórias das sociedades industriais, da arquitetura ao costume.