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Exposições
Fidelidade Arte
Largo do Chiado, 8 1249-125 Lisboa

Fidelidade Arte apresenta “Speculative Intimacy” de Alicia Kopf

Partindo das leis da atração dos corpos celestes e da sua possível analogia no campo das relações humanas, a exposição que Alicia Kopf traz ao ciclo Reação em Cadeia traça um diagnóstico das novas formas de intimidade na era das tecnologias digitais e da inteligência artificial.

Mais concretamente, os vídeos, desenhos e textos reunidos nesta exposição constroem entre si um duplo movimento. Por um lado, eles procuram nos mais recentes desenvolvimentos da cosmologia e da física quântica vislumbres de uma lei cabal do comportamento dos corpos: uma lei tão completa que explicasse a mecânica daquilo que nos impele para um Outro, que chegasse a revelar, por fim, a natureza dessa energia peculiar a que chamamos amor. Por outro lado, estas obras colocam-nos frente à virtualização que as novas tecnologias prometem impor às formas e às vivências desse mesmo amor: o ecrã do telemóvel como reduto sensual dos contactos interpessoais, a miragem do prazer à distância de um clique, o isolamento paradoxal da ultraconetividade, a sedução transcrita na forma de um algoritmo.

Speculative Intimacy é o quinto momento do ciclo Reação em Cadeia, uma colaboração entre a Fidelidade Arte e a Culturgest, que propõe aos artistas participantes o convite ao artista que lhes sucede em ambos os espaços. O ciclo implica sempre uma estreita adequação do projeto às galerias, em diferentes declinações em Lisboa e no Porto.

Esta exposição é comissariada por Bruno Marchand, que assumiu funções de programador de artes visuais na Culturgest em março de 2020 e, por inerência, a curadoria deste ciclo.

Alicia Kopf (Girona, 1982) vive e trabalha em Barcelona e é formada em Belas Artes e em Literatura Comparada. Enquanto artista visual recebeu o prémio GAC / DKV, em 2014, pela melhor exposição individual do ano de um artista jovem, com Seal Sounds Under the Floor (Galeria Joan Prats, Barcelona). O seu romance Irmão de Gelo (Alfaguara Portugal, 2018) recebeu os prémios Documenta 2015 e Llibreter 2016, assim como El Ojo Crítico de RNE (Rádio Nacional de Espanha) e Cálamo Otra Mirada, em 2017. O livro foi traduzido para dez línguas.

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