Duas pessoas que não têm a segurança de um contrato de trabalho. O capital é, para estas duas mulheres, como para tantas pessoas, o grande ditador dos tempos modernos.
Neste ano em que se comemoram os 50 anos do 25 de Abril é premente repensar o significado da palavra liberdade, tantas vezes usada em sentidos tão diversos. Seremos efetivamente livres? Como questiona Angela Davis, “a ideia de liberdade é inspiradora. Mas o que isso significa? Se és livre em um sentido político, mas não tens comida, o que isso significa? A liberdade de morrer de fome?”
Celebremos Abril a questionar a liberdade que julgamos ter alcançado. Ainda há tanto por fazer.
O texto conta a histórias de duas jovens mulheres feministas que dão os primeiros passos nas suas vidas pessoais e profissionais. Perante o constante estado de ansiedade em que se encontram, provocado pelas dificuldades da vida em conjunto, os baixos salários, a intermitência de ambos os trabalhos e o aumento desenfreado do preço das rendas, urge procurar soluções à altura destes desafios. É deste lugar que parte a comédia Feminismos. Citação.
Esta não é uma peça sobre mulheres “fortes”. Não é uma peça sobre mulheres “fracas”. Talvez nem seja uma peça sobre mulheres. Esta não é uma peça sobre feminismos, mas talvez seja uma peça feminista… Esta é uma peça sobre instabilidade. Talvez seja uma comédia sobre a vida quotidiana, sobre a tragicidade cómica do dia-a-dia, do pequeno, do quase invisível; daquilo que a todas as pessoas é comum em substância, mas que nos separa em quantidade: o dinheiro, o dinheiro, o dinheiro, sempre o dinheiro…. É também uma peça sobre a consciência de que nem tudo está conquistado, uma consciência apreensiva quanto às conquistas do amanhã.
Quarta e sexta . 21h30
Sábado e domingo . 18h00
15€
8€ (<25, >65, profissionais do espectáculo)
6€ (quarta-feira (dia do espectador) e portadores do Cartão de Amigo do Teatro do Bairro)
Bilhetes à venda em bol.pt