Esta sessão é sobre o esquecimento, a distracção e a negligência, ocasionais ou intencionais. Procura reflectir sobre como se pode reconstruir a memória e reconfigurar o passado a partir da activação de processos de conhecimento que articulam documentos epocais com as imagens conceptuais do presente. Detém-se sobre a acção de peneirar a cultura material para filtrar as fontes documentais e iconográficas que auxiliam a elaboração de novas histórias. Interessa-se pelo processo de evidenciar perspectivas desvalorizadas e acontecimentos dissonantes que auxiliam a complexificar a temporalidade histórica e a sua relação com o presente.
Conferências
Atelier-Museu Júlio Pomar
Rua do Vale, nº7, 1200-472 Lisboa
Ciclo de Conversas sobre Arte e Espólios Documentais
Se o documento é um testemunho do seu próprio tempo, se os materiais de arquivo ajudam a reactualizar o passado e os seus significados no presente, o que acontece quando não há documento nem materiais de arquivo?
Que tipo de olhar dirige o presente ao passado quando não encontra nas entidades responsáveis pela inscrição do acontecido (espólios pessoais, arquivos institucionais) os registos documentais de determinadas parcelas desse mesmo passado?
Conceção e moderação: Catarina Rosendo
Oradores: Filipa Lowndes Vicente (historiadora, ISC) / Paula Parente Pinto (historiadora da arte e curadora independente) / João Mendes Ferreira (psicanalista, Sociedade Portuguesa de Psicanálise)