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Exposições
Galeria Cisterna
Rua António Maria Cardoso, 27, 1200-026 Lisboa

“Achadouros”

Exposição Individual da artista Bettina Vaz Guimarães

A Galeria Cisterna recebe a exposição da artista Bettina Vaz Guimarães com curadoria de João Silvério.

Com esta exposição, Bettina Vaz Guimarães propõe-nos uma viagem poética através de diferentes núcleos do seu trabalho cruzando o desenho, a pintura e a escultura, sem perder o encanto, e o mistério, que a palavra presente em muitos dos títulos das suas obras, e inscrita em alguma delas, pode convocar.

A cor é uma matéria e, simultaneamente, uma ferramenta para desenvolver um processo de construção e, num mesmo momento, de desconstrução de formas abstratas e de referências arquitetónicas, modulares como uma casa ou como uma ideia elementar da casa, como um contentor sensível.

Essa possibilidade de ser uma casa, transforma-se no lugar onde a artista vai ao encontro de elementos subtis, improváveis e que só existem no seu processo de criação, até serem achados, ou encontrados, por todos o que experienciam as suas obras. São os achadouros, uma palavra se pronuncia com gosto, e com um sabor estético e poético.

Esta relação dialética é fortemente acentuada nas esculturas, da série “casulos” e, numa destas esculturas, um cubo preenchido de desenhos que parece anunciar “todas as coisas de noite”, vemos todos os desenhos possíveis, entrelaçados, como planos que se desdobram nos densos painéis de parede.

Como se fossem as cores da memória, por onde pode passar a revistação dos poemas de Manoel de Barros, poeta que escreveu as “Memórias inventadas: a infância” como um “caçador de achadouros da infância”, que Bettina Vaz Guimarães transforma numa prática do desenho quase diarística, numa partilha da sua vida, como artista e como mulher.

Horário: Terça a sábado | 14h30 – 19h
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