Desta vez, António Pires dirige um elenco de doze atores em SONHO, de August Strindberg, a partir da tradução de Cristina Reis, Luís Miguel Cintra e Melanie Mederlind.
Escrito em 1901, e apresentado pela primeira vez em 1907 na Suécia, O Sonho é talvez o primeiro drama que contém o universo onírico como realidade, como género em si. Abandonando a percepção convencional de tempo e espaço, o autor sueco concretiza nesta peça uma narrativa não realista, onde segundo as suas próprias palavras, “(…) Tudo pode acontecer, tudo é possível e provável. Tempo e lugar não existem; numa base insignificante de realidade, a imaginação gira, modelando novos padrões; há a mistura de memórias, experiências, livres fantasias e improvisações. As personagens duplicam-se, multiplicam-se, separam-se, evaporam, condensam, dispersam, reúnem. Mas uma percepção governa sobre todas elas: para o sonhador não há segredos, escrúpulos, leis. O sonho não absolve ou justifica condenações, somente as relata. Tal como no sonho é mais frequente o sofrimento que a felicidade, este conto é acompanhado de uma dose de melancolia e compaixão por todos os seres humanos.”?
O Sonho reflete como o autor sueco se baseava em filosofias orientais para justificar a sua crença de que o mundo é apenas ilusão. Um texto que parece vir ao encontro do nosso teatro, não espartilhado pela narrativa, que procura uma demarcada inscrição no belo.
Sinopse
Inês, filha do deus Indra, desce à Terra para testemunhar os lamentos dos seres humanos. Encontra-se com variadíssimas personagens, muitas delas arquétipos da nossa sociedade. Depois de passar por todo o tipo de sofrimento humano, tal como a pobreza, crueldade ou mesmo a rotina da vida familiar, a filha dos deuses percebe finalmente que os seres humanos são dignos de dó. O seu retorno ao Céu é como o despertar de um sonho.
M/12 / Dur aprox 90m
Ficha
SONHO, de August Strindberg, Título original Ett Dromspel (1901), Tradução Cristina Reis, Luís Miguel Cintra, Melanie Mederlind , Encenação António Pires, Com Alexandra Sargento, Carolina Campanela, Carolina Serrão, Cassiano Carneiro, Catarina Vicente, Francisco Vistas, Hugo Mestre Amaro, Jaime Baeta, João Barbosa, João Sá Nogueira, Luís Lima Barreto, Mário Sousa Voz Cláudio da Silva,Cenografia: João Mendes Ribeiro, Figurinos: Luís Mesquita, Música: Miguel Sá Pessoa, Luz: João Botelho,Iluminação: Rui Seabra, Som: Paulo Abelho, Movimento: Paula Careto, Assistente de Encenação: Miguel Bartolomeu, Caracterização: Ivan Coletti, Construção Cenário: Fábio Paulo, Costureira: Rosário Balbi, Assistente de Figurinos: Catarina Vicente, Ema Falcão, Assistente de iluminação: Zeca Camacho, Assistente de Som: António Oliveira, Legendagem e Direcção de Cena: Miguel Bartolomeu, Ilustração: Joana Villaverde, Spot de Tv Tiago Inuit, Fotografia de Cena: Miguel Bartolomeu, Produção Executiva: Ivan Coletti, Administração de Produção: Ana Bordalo, Comunicação: Maria João Moura, Produtor: Alexandre Oliveira.
Produção: Ar de Filmes / Teatro do Bairro
Agradecimentos : Museu Arqueológico do Carmo, EDP, José Arnaut, Célia Pereira, Fernando Rebelo
Bilhetes à venda em www.bol.pt e nos Pontos de Venda Aderentes
16€. 12€ (65 e profissionais do espectáculo). 8€ (portadores do cartão de amigo do TdB)
Reservas e informações: 91 321 12 63 (entre as 15h e as 19h) e, a partir de 26 de Julho na bilheteira instalada no Largo do Carmo (em frente ao Convento do Carmo) entre as 15h e as 19h e, nos dias do espectáculo até às 21h00 *os horários poderão sofrer alterações. Sugerimos a confirmação dos mesmos nas 48h precedentes ao espectáculo.
Teatro
Ruínas do Convento do Carmo
Largo do Carmo, 1200-092 Lisboa
“SONHO”, de A. Strindberg nas Ruínas do Carmo
Prosseguindo no que já vem sendo hábito, a Ar de Filmes / Teatro do Bairro volta a ocupar nesta época estival as magníficas Ruínas do Museu do Carmo com uma nova criação.