Assente numa relação multidimensional, e multimodal, que reinterpreta o anacronismo, a transtemporalidade, a ficção, o temps mort, tendo o conto (e o livro) como pulsão centralizadora, Só porque foi, e voou, coloca em cena a investigação realizada pelos alunos do Curso de Mestrado em Estudos Curatoriais do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra em residência curatorial no Museu Nacional de Arte Contemporânea, no contexto da parceria com a UmbigoLAB e a Fundação Millennium bcp. Este projeto conta ainda com o apoio do Plano Nacional das Artes.
Fazendo dialogar um conjunto de obras do acervo destas importantes Coleções com a produção de artistas portugueses representados na Plataforma online, o espaço do Museu surge, nesta equação, como possibilidade ensaística, lugar de experimentação e hipótese. A prática curatorial enquanto prática investigativa (e aplicada ao contexto académico) encontra nestas relações uma metodologia atuante, própria do pensamento fluído e comunicante (porque plural).
Numa espécie de cosmologia em trânsito, obras de artistas como Aurélia de Sousa, Columbano Bordalo Pinheiro, José de Almada Negreiros ou João Cristino da Silva apontam, presentemente, para novas narrativas geradas no encontro que a rede UmbigoLAB potencia: dos livros de horas de Ana Frois, dos líquidos de Andreia Santana e Catarina Domingues, das memórias tornadas objeto de Carla Cabanas e Eunice Gonçalves Duarte, das vanitas de Inês Brites e Horácio Frutuoso, das esculturas-presenças de Carla Rebelo e Carolina Serrano, dos corpos esfíngicos de Francisco Trêpa e Fernão Cruz às imagens suspensas de Henrique Pavão, é ficcionado um conto-cesta a ser lido a diversas vozes.
Andreia Santana
Aurélia de Sousa
Carla Cabanas
Carla Rebelo
Carolina Serrano
César Barreiros
Eunice Gonçalves Duarte
Fernão Cruz
Henrique Pavão
Horácio Frutuoso
João Cristino da Silva
Joaquim Valente
José de Oliveira Ferreira
José Simões de Almeida