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Música
Galeria Zé dos Bois
R. da Barroca, 59 . 1200-049 Lisboa

Slikback + Diogo

Mago da música urbana no Quénia, a revolução é real. Tido por muitos como um dos nomes mais refrescantes na eletrónica vanguardista, Slikback é sinónimo de energia pura.

Frequentemente ligado ao coletivo Nyege Nyege, as noções de footwork, grime ou dubstep são aqui destiladas numa espécie de poção mágica que turbina qualquer um na pista de dança. Condensa vários desses géneros, sem nunca tomá-los por completo, transformando-as antes num mashup de interpretações singulares. Conhecido pelo fogo das suas actuações, tem também tocado ao lado de gente como MC Yella, Tzusing ou Hyph11E – e participou ainda em festivais de renome como Le Guess Who ou Unsound.

Alegadamente com centenas de gravações caseiras finalizadas, os EPs Tomo e Lasakaneku definiram o perfil e, por sua vez, o presente e o futuro de Slikback. Lá encontramos uma herança cultural da sua região, feita de polirritmia e vozes evocativas. O modo como processa essa dita herança é uma arte que domina; isto porque sabe evitar lugares comuns e desviar-se de becos criativos sem saída. Por outro lado, o sentido de desorientação provocada pela música é aqui, acima de tudo, um acto de libertação – próprio e junto do próximo. Um sentimento que só no colectivo atinge o seu esplendor. E nos tempos que correm, dificilmente poderia existir melhor premissa para uma noite. NA

Diogo seria um péssimo pseudónimo caso estivesse à procura de se esconder por detrás de um nome, mas não.

Nascido em junho de 1988, Diogo Vasconcelos começou por estudar arquitetura, mas desde sempre soube que era na música que facilmente conseguia aliar o conforto ao prazer. As suas primeiras incursões no mundo do DJing deram-se em 2011 até se juntar em 2016 à equipa da Extended Records. Cresceu a ouvir música negra (jazz, soul, funk e afrobeat) e brasileira, coisa que ainda hoje marca esporadicamente os seus sets, mas foi na música mais directa e para a pista que encontrou o calor e a individualidade que procurava. Se há duas coisas que possam caracterizar Diogo como Dj é uma enorme curiosidade musical, quer pela novidade quer pelo conhecimento da história, e uma vontade de manter a mistura ancorada aos seus elementos base, os discos.

Tendo viajado do electro ao techno e com várias incursões pelo disco e breakbeat, é entre o acid house e a bass music que encontra a sua casa. Os seus sets são normalmente marcados por breaks, batidas quebradas e muita energia em tom celebratório.

Em 2019, começou a editar música em nome próprio em editoras como a Rave Tuga e a Infinita, e assina também algumas remisturas. Dezembro de 2019 é marcado pela edição física de “Roçadas” o EP que produziu em colaboração com Moreno Ácido, que teve uma edição limitada a 300 cópias pela Holuzam.

2021 foi um ano cheio para Diogo, editando o seu primeiro EP na Extended Records, Ruff Trax, várias remisturas e uma tape, Sempre Para Diante, com edição limitada pela Rave Tuga. No final, estilos à parte, o que importa é a pista e o que ela pede, e isso traduz-se em sets despretensiosos com o puro objectivo de divertir e despoletar em todos uma contagiosa a vontade de dançar.

Diogo é também o fundador e actual director da revista portuguesa impressa sobre música electrónica e club culture nacional, a PISTA!

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