Agenda

Exposições
Brotéria
Rua de São Pedro de Alcântara, 3 - 1250-237 Lisboa

Se uma serra nos guiasse

Esta exposição faz parte de uma trilogia que se iniciou com O DOIS na Galeria Diferença em 2020. Inaugura uma proposta de caminhada, entre março e novembro de 2022, entre a cidade (Brotéria) e a natureza (Serra da Arrábida).

Através do método UM, DOIS e MUITOS, a artista plástica Marta Wengorovius explora questões que nascem da intuição de que a génese do movimento tem origem na acentuação do UM (singularidade/intimidade), do DOIS (cumplicidade), e do MUITOS (comunidade), e de que este movimento está presente em todas as coisas vivas, da célula ao cosmos.

Durante nove meses, o UM, o DOIS e o MUITOS acompanharão a criação individual de uma forma participativa, através de Cadernos, onde o processo assume o papel da obra Se uma serra nos guiasse — encontros nómadas que desenham uma ponte entre a cidade e a natureza.

Programa

UM
mar — mai

Qui 13 mar, 18h às 20h30
Inauguração da exposição
Se uma serra nos guiasse
com Lançamento dos Cadernos do UM
Na Brotéria

Dom 20 mar, 16h às 18h
29ª Aula Debaixo das Árvores
O UM e o som: o som do UM
À procura nas texturas da serra do som do UM
com Marta Wengorovius e Domenico Lancellotti
Na Brotéria

Sáb 16 abr, 11h às 13h
Cadernos do UM na Serra
Atento ao endémico, ao singular, à intimidade entre todas as coisas vivas.
Como nasce aquele UM? Conversa entre Cadernos.
Na Escola Nómada, Arrábida

Seg 18 e Qui 21 abr
Encontro de Cadernos do UM na Cidade
Atento ao endémico, ao singular, à intimidade entre todas as coisas vivas.
Como nasce o UM? Conversa entre Cadernos.
Na Brotéria

Dom 15 mai, 10h30 às 13h30
30ª Aula Debaixo das Árvores
O UM e as plantas endémicas: Marta Wengorovius e Filipe Monteiro
Que plantas habitam este lugar? Primavera e o apogeu das plantas. Passeio, macerações-farmácia caseira.
Na Escola Nómada, Arrábida

MUITOS
jun — ago

Sáb 4 jun, 10h30 às 13h30
31ª Aula Debaixo das Árvores
Danças em círculo
Cânticos ecuménicos Marta Wengorovius, Maria Poppe e Ana Ferreira
Danças para a paz e cânticos ecuménicos
Na Escola Nómada, Arrábida

Dom 12 jun, 10h30 às 13h30
Encontro Cadernos do MUITOS na Serra
Todas as coisas vivas, o lá fora, reclamam o seu espaço. Reclamam um novo diálogo de comunidade em que nós entendamos que somos, também, Natureza. Para que não estejamos “fechados” cá fora. Passeio e conversa com os Cadernos.
Na Escola Nómada, Arrábida

Qui 14 jul
Encontro Cadernos do MUITOS na Cidade
O MUITOS (a comunidade) foi um desenho que foi interrompido no mundo inteiro. Este corte no MUITOS surge para que o UM (o singular, aintimidade de si) e o DOIS (a cumplicidade) sejam revistos? Conversa entre Cadernos.
Na Brotéria

Sáb e Dom 13—14 ago, 11h às 13h e 16h às 18h
32ª Aula Debaixo das Árvores
O silêncio e os muitos
Marta Wengorovius, Maria Lusitano e Jonathan Stone
Formas de silêncio
Na Escola Nómada, Arrábida

DOIS
set — nov

Sáb 10 set, 17h às 19h
33ª Aula Debaixo das Árvores
O DOIS e o som
O som das ocarinas debaixo das árvores
Marta Wengorovius com Inês Tartaruga Água e Xavier Pais
Na Escola Nómada, Arrábida

Dom 11 set, 10h30 às 13h30
Encontro Cadernos do DOIS na Serra
Atento à cumplicidade entre todas as coisas vivas. Como nasce o DOIS? Que conheço destes pares: Eros e Filia, Respirar: inspirar/expirar, Terra-Céu, Consciente/Inconsciente, Integração dos opostos, Contact Improvisation, Cores Complementares, Yin e Yang, o diálogo entre o sol e a terra.
Passeio e Conversa entre Cadernos.
Na Escola Nómada, Arrábida

Out (a definir)
Encontro Cadernos do DOIS na Cidade
Atento à cumplicidade entre todas as coisas vivas. Como nasce o DOIS? Que conheço destes pares: Eros e Filia, Consciente/Inconsciente, Integração dos opostos, Amígdala e Córtex Frontal, as cartas de Theo e Vincent, o Simpático e o Parassimpático.
Na Brotéria

Nov (a definir)
Encerramento e Exposição dos Cadernos do UM, do DOIS e do MUITOS
Na Brotéria

Marta Wengorovius
Viajou desde cedo pela Europa detendo-se por períodos alargados em Itália, França e Alemanha, participando em actividades que a aproximaram do mundo da arte. Realiza depois os seus estudos em Portugal — Curso de Pintura da Escola de Belas Artes de Lisboa, Desenho do AR.CO, onde frequenta também o curso de Pintura e de Fotografia. Frequenta em 1984-1985 o Curso de Cenografia do Conservatório Nacional.

Finaliza o Curso de Pintura da Escola de Belas Artes de Lisboa e vai viver para Paris (1988-1989) donde regressa em 1991-1992. Continua as suas viagens, experiências e estadias nos Estados Unidos (bolseira da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento) e, em 1993, é convidada pelo Goldsmits’ College (Londres) como Academic Observer. Aí concebe o projecto da Academia de Verão, Convento da Arrábida, 1994. Em 1994 recebe o prémio União Latina. Estadia em 1997 em Macau e China e Vietnam como Bolseira da Fundação Oriente. Termina em 2007 o Mestrado em Artes Visuais e Intermédia na Universidade de Évora com a dissertação O evento como pintura: o uso dos olhos. A par da sua actividade artística lecciona Metodologias Artísticas e Desenho na Universidade Lusófona / Departamento de Design. Entre 1991-2003 lecciona Pintura e Desenho no AR. CO.

Expõe individualmente desde 1989 (Galeria Módulo, Lisboa). Os títulos das suas outras individuais Trompe l’oeil (Galeria Valentim de Carvalho), Sur ciel sûr (Culturgest), A sample of my mind (Macau, 1997), Words from the breathing brain (Galeria Pedro Cera, 1998), Lundi je suis rose mardi bleu mecredi orange jeudi vert vendredi rouge samedi violet et dimanche dorée (2002), Showroom #1 (Sala do Veado — Faculdade de Ciências de Lisboa, 2002), Showroom — Atelier: Paris (2003), Objectos de errância: Uso do Olho #1 ( 2005), Uso do Olho #2 (arco-íris) (2005) e Superfície — a pele perfomática (2005-2008), Evento #1, 2 e 3 (2005), ou eventos Mise à nu par le soleil ou mise à nu par la lune (2006-2008) configuram por si só um universo de pesquisa plástica e pessoal que se alimenta também do envolvimento em projectos de dança (com João Fiadeiro, Franz Polestra, Howard Sonenklar, Skit — projecto internacional de coreografia — entre outros), cinema (Michael Shamberg, Jim Herbert, Cris Marker) e arquitectura (com Baixa Atelier de Arquitectura — Pavilhão do Futuro, Expo-Suíça entre outros), e arquitectura paisagística (com Global).