Estas palavras e outras, que permitem todas as conjugações em línguas inventadas e por inventar, estão protegidas pelos guardiões numa biblioteca infinita, uma torre de Babel, que se estende no caminho do céu, em direcção à sabedoria.
Todos temos palavras preferidas que cuidamos mais, usando-as e repetindo-as.
Estas palavras, as do Paulo e do Luis, constroem frases, embrulham pensamentos e pequenas histórias, são a argamassa etérea dos desenhos e das ilustrações do Paulo Robalo, não fosse toda a Arte o terreno fértil para redesenhar o lugar e transformar o mundo.
A construção desta biblioteca nunca acaba, enquanto funcionar uma estranha máquina de teclar pensamentos, residente nas nossas cabeças.
Até que a oportunidade se esgote com o cansaço da máquina, vai-se continuar a pintar de azul e outras cores, esta torre das Palavras.
O pináculo, da terra já mal se avista, mas ainda falta azul para chegar ao céu.