Adriana Queiroz viu como seria maravilhoso entrelaçar as duas obras como se de um epistolarão se tratasse. Mas em boa verdade quem deu o pontapé de saída para este livro, disco, espetáculo ou o que lhe quiserem chamar foi Natália quando escreveu em diferentes épocas elogios e criticas ferozes ao poeta ou ao letrista Ary, como lhe quiserem chamar.
Adriana escolheu poemas, enviou-os a compositores, rodeou-se de músicos excecionais e cantou aquelas palavras sagradas sem tentar reproduzir a energia dos dois poetas mas imprimindo ela própria a sua inteireza, a sua vertigem pelo abismo, a sua profunda devoção pelo seu oficio.
O que daqui sai é um beijo que no inicio é entre posts, depois entre músicos e cantora mas só termina quando Adriana deposita esse beijo na alma do publico. E Adriana fá-lo enquanto atriz, cantora, intérprete ou o que lhe quiserem chamar.
Conceção e voz Adriana Queiroz
Encenação e dramaturgia Adriana Queiroz e Tiago Torres da Silva
Espaço cénico Adriana Queiroz e Paula Rousseau
Figurinos Adriana Queiroz (a partir de peças de José Antonio Tenente)
Luzes Anabela Gaspar
Som António Pinheiro da Silva
Músicos Sandra Martins Violoncelo e Clarinete, Felipe Caneca (Acordeão), Gonçalo Leonardo (Contrabaixo) Francisco Neves (Guitarra), Vicky Marques (Percussão), Rita Nunes (Saxofone e direção de ensaios)
Participação especial Quarteto Arabesco (cordas), Sandra Rosado e Sara Carinhas