A exposição reúne uma vasta seleção de trabalhos sobre papel – desenhos, colagens, fanzines – e outros – pinturas, assemblages, dioramas – do arquivo do artista em Roma, alguns dos quais são aqui apresentados publicamente pela primeira vez.
Um dos núcleos importantes na exposição é representado pelas obras de Echaurren de 1977-78, que corresponde ao período em que decidiu abandonar a sua carreira nas “artes” para servir no grupo dos “Indiani Metropolitani” – corrente criativa do movimento político de 1977 em Itália – em que o nome do artista se dissolve na dimensão coletiva e comprometida.
Criador de fanzines como Oask?! e Il complotto di Zurigo, onde afirma o seu signo, que mistura ilustração e escrita, citação culta e incursões pop em nome da ironia e do gosto pelo absurdo – visando uma desencantada e irónica visão da realidade – estendendo-se às capas dos livros, às fanzines, aos jornais como Lotta Continua, graffiti, romances gráficos e em centenas de cartazes.
A seleção de trabalhos de Echaurren apresentada na ZDB irá destacar o processo específico e intrigante de se inspirar na alta cultura oficial e de a traduzir para uma linguagem quotidiana, distorcendo-a de forma provocadora e escandalosa, através de um uso sofisticado do paradoxo e do humor.
Curadoria de Sara de Chiara e Natxo Checa
Horário: Segunda a sábado, das 18h às 22h