“Hamlet ou um quarteto de Beethoven é a verdade acerca desta enorme massa a que chamamos mundo. Porém, não existe nenhum Shakespeare, não existe nenhum Beethoven; com toda a certeza e enfaticamente, não existe nenhum Deus; nós somos as palavras; somos a música; somos a coisa em si mesma”, escrevia Virginia Woolf no seu diário, em 16 de abril de 1939. Em junho de 2020, quase um ano antes de estrear It Was Dark Inside the Woolf – Primeira Memória, aquela que é a sua terceira visita ao mundo da escritora britânica, Sara Carinhas escreve: “Despeço-me de um ciclo dedicado a Virginia Woolf e inicio o que antevejo como trilogia sobre a memória. Não, não sobre memória mas sobre o medo de esquecer. O medo da não-inscrição das coisas. Nesta primeira parte, ou primeira memória, faço-me acompanhar pelos textos não-ficcionais de Woolf e suas reflexões sobre o ato e o espaço da escrita e da leitura. Existem por lá palavras suas que me ajudam a falar agora.”
Datas e Horários
27 março a 4 abril
segunda a quarta, sexta e sábado, 20h; quinta, 19h; domingo, 16h