Estreado em 1841, tem argumento de Theóphile Gautier, inspirado em Heinrich Heine, nome fundamental da literatura alemã do século XIX.
Giselle conta a história de uma jovem camponesa que se apaixona pelo seu vizinho Loys, sem suspeitar, no entanto, que este é na verdade Albrecht, Duque da Silésia. Juntos, dançam e trocam palavras de amor, secretamente vigiados por Hilarion, um caçador que ama Giselle, um amor não correspondido.
É na festa das vindimas, onde todos dançam alegremente, que Hilarion desmascara Albrecht. O desgosto ao descobrir a verdade conduz a jovem Giselle à loucura e a um final trágico.
No segundo ato, surgem as willis, espíritos de raparigas que morreram solteiras e que, na escuridão da noite, se vingam dos seus amados fazendo-os dançar até à morte.
O Romantismo surge não só mas também enquanto resposta à Revolução Industrial, colocando as emoções no centro da produção literária da época. Numa intenção de se afastar de uma aristocracia dominante, glorifica a simplicidade e a pureza da vida. Nesta corrente literária, explora-se também o gosto pelo imaginário sobre o desconhecido, o sobrenatural surge como uma extensão do mundo sensível e a arte é povoada por seres sobrenaturais, inspirados na literatura popular.
A versão coreográfica de Jorge Garcia, estreada em 1987, volta a subir à cena do Teatro Nacional de São Carlos no ano em que comemoramos os 45 anos da CNB. Celebramos o aniversário da Companhia ao mesmo tempo que homenageamos a memória do Mestre e coreógrafo Jorge Garcia, dançando um dos grandes legados que nos deixou.
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