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Teatro
Teatro do Bairro Alto
R. Ten. Raul Cascais 1A, 1250-268 Lisboa

Finisterra

Após leituras de Raul Brandão em Húmus (2010), Ilhas (2012) e A Farsa (2014), ou de Alves Redol e Manuel Ribeiro de Pavia com Fanga (2023), a Karnart dedica-se a Finisterra, um projeto de perfinst a partir do romance homónimo de Carlos de Oliveira, publicado em 1978.

Os papéis de Finisterra parecem especialmente adequados ao trabalho desenvolvido pela Karnart: não apenas por preocupações temáticas mas por causa do próprio conceito de perfinst, que junta performance e instalação. O livro conta a história do fim de uma casa e de uma linhagem; mas estilhaça o tempo e é também, como diz Manuel Gusmão, uma “representação de representações” obcecada com “uma série de artefactos”. Estamos, assim, entre a coleção de objetos (a instalação) e os restos da ficção (a performance). Que é afinal uma maneira de ler o subtítulo do livro: Paisagem e Povoamento.

A Karnart C.P.O.A.A. dedica-se à criação e produção de objetos artísticos – plásticos, performativos e audiovisuais – centrados no conceito de perfinst. Estrutura profissional de investigação e criação artísticas fundada em 2001, opera na área dos cruzamentos disciplinares, desenvolvendo projetos maioritariamente interativos de grande dimensão estética e forte impacto interventivo, focados em temáticas relacionadas com valores patrimoniais em risco de extinção, minorias sociais, direitos de animais, ecologia e ambiente, etc. Atinge em 2024 as sessenta criações, grande parte delas reconhecidas e premiadas.

Autor
Carlos de Oliveira
Conceito e direção
Luís Castro
Imagem e assessoria
Vel Z
Interpretação
Valentina Parravicini
Rodrigo Santana
(entre outros)
Sonoplastia
Nuno Veiga

A Karnart é financiada pela República Portuguesa – Cultura / Direção-geral das Artes e pela Câmara Municipal de Lisboa

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