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Exposições
Fidelidade Arte
Largo do Chiado, 8 1249-125 Lisboa

Fidelidade Arte recebe sexto momento do Ciclo Território “O Chão é Lava!”

Um encontro entre a Europa e África com obras de cerca de 20 participantes em exposição na Fidelidade Arte.

A exposição, abre ao público no próximo dia 27 de maio, esta decorre no âmbito do ciclo Território, conta com a curadoria de Catarina Laranjeiro e Daniel Barroca e estará patente até dia 30 de agosto, com entrada gratuita.

Constituindo o sexto momento do ciclo Território – parceria entre a Fidelidade Arte e a Culturgest, é uma exposição essencialmente de vídeo que nos mostra vários filmes, ciclos de cinema e várias conversas, que conta com a participação de Ana Temudo, Axy Demba, Carlos Andrade, CV-TEP, Inês Sapeta Dias, João Pereira aka Tikai, José Estima, Maria do Carmo Piçarra, Marina Temudo, Mário Oliveira aka Barudju, Mbana Cabra & Samba Tenem, Nelca Lopez, Nos Manera, Ramón Sarró, Rui Lopes, Rui Silva, Sara Santos, Uma Certa Falta de Coerência, Umaro Sabali aka Maquina Motor, Victor Bor.

O Chão é Lava! foi o título sugerido pela artista Sara Santos para esta exposição, na qual apresenta edifícios icónicos do Cacém a fazer esquina com um mapa-manta onde tem vindo a inscrever uma geopolítica subjetiva da Europa.

Uma exposição cheia de armadilhas e contradições. Estende-se entre a Guiné-Bissau, do filme Fogo no Lodo, realizado por Catarina Laranjeiro e Daniel Barroca, e a linha de Sintra.

Num outro núcleo, a Europa finge-se África. Realizadores amadores, como João Pereira (Tikai) e Nelca Lopez, imaginam-se nos seus países de origem a partir dos subúrbios de Lisboa.

Em paralelo, a temporalidade da Guerra na Guiné-Bissau, através do olhar de José Estima, exsoldado português, dialoga com imagens do movimento messiânico Kyangyang, da autoria de Ramon Sarró e Marina Temudo trabalhadas por Ana Temudo. Será ainda criada uma publicação por Uma Certa Falta de Coerência, um espaço dedicado às artes na cidade do Porto, de André Sousa e Mauro Cerqueira.

A exposição inclui ainda um ciclo de filmes programado por Inês Sapeta Dias (de 24 de maio a 26 de junho), Maria do Carmo Piçarra (de 27 de junho a 24 de julho) e Rui Lopes (de 25 de julho a 30 de agosto). Este ciclo terá início com o filme de Inês Sapeta Dias, Retrato de Inverno numa Paisagem Ardida, em película de 16mm, durante a inauguração da exposição.

O programa de conversas será anunciado em breve.

A exposição terá lugar, posteriormente, na Culturgest Porto, onde a programação de cinema estará a cargo de Sílvia das Fadas (Cinema Fulgor), Lucas Camargo e Nuno Lisboa.

Na Fidelidade Arte, a exposição pode ser visitada de segunda a sexta, das 11:00 às 19:00 e a entrada é livre. 

Ciclo de Filmes Território #6 – O Chão é Lava! – Fidelidade Arte

Programa de Inês Sapeta Dias
24 MAI-26 JUN
A programação de Inês Sapeta Dias parte do seu filme, Retrato de Inverno numa Paisagem Ardida, para trabalhar na interrelação entre questões de paisagem, território e materialidade da imagem. Tem mais dois momentos na sua programação (de 6 a 17 de junho, e de 18 a 26 de junho) que incluem filmes de artistas que cruzam as três questões do programa (Fernando Calhau, Yvonne Rainer, Daniel Barroca), filmes onde estudantes e uma professora do Ar.Co olham para territórios periféricos, nas traseiras da cidade, e uma bobine carcomida de um filme de família feito num território (ou paisagem?) colonial.

Programa de Maria do Carmo Piçarra
27 JUN-24 JUL
O programa de Maria do Carmo Piçarra incide sobre a tensão entre campo e contra-campo que existe entre o cinema colonial e o cinema anti-colonial. Ou seja, como é que o cinema anti-colonial representou, colocando em contraplano, aquilo que o cinema colonial deixou de fora do plano (isto é, que não enquadrou, ou não representou).

Programa de Rui Lopes
25 JUL-30 AGO
Rui Lopes apresenta Aventuras do Império: uma história mal-contada, um trabalho que resulta da sua investigação sobre os filmes de aventuras – dos policiais negros americanos às coproduções europeias imitando o 007 – que dão a ver ao público as então colónias portuguesas pejadas de espiões e criminosos. O início e o fim deste programa será marcado por duas conferênciasperformances, a ter lugar a 26 de julho e 30 de agosto.

Sobre Catarina Laranjeiro
Catarina Laranjeiro (Guimarães, 1983) é investigadora no Instituto de História Contemporânea (IHC-NOVA/FCSH), onde desenvolve um projeto sobre cinema vernacular em Cabo Verde, GuinéBissau e respetivas diásporas na Europa. Realizou o filme Pabia di Aos (2013), e corealizou Enxertia (2020; com Marta Leite) e Fogo no Lodo (2023; com Daniel Barroca). No campo da performance, colabora com Tânia Dinis com quem co-criou Álbuns de Guerra (2021) e se encontra a co-desenvolver Traçadas (2025).

Sobre Daniel Barroca
O trabalho de Daniel Barroca (Lisboa, 1976) cruza a arte e a etnografia. Desenvolve uma pesquisa de doutoramento no DANT.Ulisboa sobre guerra e imagem. Estudou artes plásticas na ESAD.CR (Caldas da Rainha), no Ar. Co (Lisboa) e no Ashkal Alwan (Beirute). Foi artista residente na Künstlerhaus Bethanien (Berlim), Rijksakademie van Beeldende Kunsten (Amesterdão) e no Drawing Center (Nova Iorque). Co-realizou com Catarina Laranjeiro o filme Fogo no Lodo (2023).

Sobre a Culturgest
A Culturgest – Fundação Caixa Geral de Depósitos dedica-se à criação contemporânea, apresentando uma programação regular nas áreas das artes performativas, da música, das artes visuais, do cinema e do pensamento contemporâneo. Dirige-se a um público alargado – incluindo público escolar, crianças e jovens – convidando-o a usufruir de uma programação nacional e internacional de qualidade e a participar em atividades culturais atraentes e enriquecedores.
A Culturgest abriu as portas, em Lisboa, em 1993, desenvolvendo, desde então, um papel significativo no desenvolvimento do tecido artístico da cidade e do país. No Porto, inaugurou em 2002, tendo, hoje em dia, uma programação, essencialmente, dedicada às artes visuais.

Sobre a Fidelidade Arte
A Fidelidade Arte, inaugurada em janeiro de 2002, é um espaço de exposições de divulgação de arte contemporânea, que se enquadra no âmbito do Programa de Responsabilidade Social do Grupo Fidelidade na vertente Cultura. Localizada no Largo do Chiado, nº 8, Fidelidade Arte é já uma referência nos circuitos artísticos em Lisboa, refletindo a aposta convicta e determinada do Grupo Fidelidade na divulgação da Arte Contemporânea. Desde que abriu ao público, já recebeu mais de 150 mil visitantes. Com Fidelidade Arte, o Grupo Fidelidade partilha um espaço emblemático no centro de Lisboa que permite o acesso gratuito, da população em geral, a projetos artísticos nacionais e internacionais.

Saiba mais em https://www.fidelidadearte.pt/