Na música, é costume dizer que os acordes maiores são alegres e que os menores são tristes. Também é costume dizer-se que as despedidas são tristes, e que as celebrações são alegres. Ora, nem sempre é assim. Um acorde maior pode ter em si toda a tristeza do mundo, tal como podemos encontrar num menor todo o oposto. Se as despedidas são tristes, será porque implicam que nos separamos de algo que foi bom, que nos marcou. As celebrações, por outro lado, também costumam ter em si a melancolia, nem que seja porque sabemos que eventualmente terminam e tudo volta ao normal.
Este concerto não é, portanto, nem uma celebração, nem uma despedida. É um encontro para a gigante família dos Dead Combo – que os acompanhou, no palco e no público, ao longo de muitos anos. É também um espaço para abraçar a alegria e a tristeza – a alegria de contar um legado rico e inesquecível, com a tristeza da ausência de Pedro Gonçalves, que, apesar de ter partido, na música e nas memórias está sempre presente.
Ficha técnica: PARTICIPAÇÃO Alain Johannes, Aldina Duarte, Alexandre Frazão, Ana Araújo, António Quintino, Bruno Silva, Carlos Tony Gomes, Denys Stetsenko, Filipe Melo, Gaspar Varela, Gonçalo Leonardo, Gonçalo Prazeres, Gui, Isaac Achega, Joana Sá, João Cabrita, João Cardoso, João Marques, Jorge Ribeiro, Luís Martins, Mário Delgado, Miguel Abelaira, Nuno Rafael, Pedro Cobrado, Peixe, Sérgio Nascimento, Tó Trips CONVIDADA Zoe Vidal DIREÇÃO MUSICAL Filipe Melo CONCEÇÃO ARTÍSTICA Ainhoa Vidal, Daniel Neves, Filipe Melo, Helder Nelson, José Morais, Nuno Salsinha, Tó Trips