Organizada pelo Museu Nacional de Arte Contemporânea, Fundação Millennium bcp (mecenas exclusivo), UmbigoLAB e Mestrado em Estudos Curatoriais do Colégio das Artes -– Universidade de Coimbra, a exposição conta com o apoio da Lusitânia e Robbialac. A curadoria, sob a coordenação de Ana Rito, é da responsabilidade de Ana Almeida, Ana Carolina Esteves, Inês Santos, Joana Encantado, Juliana Carvalho e Victoria Lacerda.
Apresentando obras de pintura, fotografia, desenho, gravura, escultura, vídeo ou instalação de autores como Alberto Carneiro, Abel Salazar, Ana Mata, António Sena, Artur Loureiro, Beatriz Horta Correia, Claire Santa Coloma, Columbano Bordalo Pinheiro, Fernando Lemos, Inês Teles, Isabel Cordovil, João Louro, Jorge Pinheiro, Luís Paulo Costa, Mariana Maia Rocha, Marta Castelo, Pablo Picasso, Paula Rego, Priscilla Fernandes e Sofia de Sousa, a exposição aborda o processo criativo em sentido lato, detendo-se em particular no tempo e nas nuances processuais, incluindo aspetos de hesitação, pausa, abandono, risco, demora e até de preguiça.
A exposição ENQUANTO ISSO // MEANWHILE decorre da investigação realizada pelas alunas do Curso de Mestrado em Estudos Curatoriais do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, em residência curatorial no MNAC, no âmbito da parceria do museu com a Fundação Millennium bcp, a Plataforma UmbigoLAB, e o Mestrado em Estudos Curatoriais do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra. Colocando em diálogo um conjunto de obras as coleções do MNAC e do Millennium bcp, e incluindo a produção de artistas representados na Plataforma online, a exposição equaciona o museu como um laboratório vivo e especulativo.
Partindo do elogio da contemplação, da pausa e da desaceleração necessária ao processo criativo, a exposição ENQUANTO ISSO // MEANWHILE remete para momentos de repouso, procrastinação e, até, para momentos que definiríamos como “prefiro não fazer”, revelando os estados de suspensão como parte da criação artística. O que fica por realizar, o inacabado e os projetos que habitam apenas os diários ganham protagonismo. Destituídos da pressão da finalização, mostram o atelier como um espaço de liberdade e erro, onde o tempo segue o seu ritmo próprio.
É a partir desta relação livre com o tempo, que o significado do processo é reformulado, dando destaque à importância da contemplação naquilo que, por vezes, escapa ao olho desatento ou se perde na sombra do quotidiano.