Estes textos escritos durante a Primeira Guerra Mundial, revelam um Craig menos conhecido, que imaginou um ciclo de 365 peças para marionetas, embora não tenha acabado este imenso projeto, apenas cerca de cinquenta textos foram concluídos ou esboçados, nunca parou de os corrigir ou completar durante quase quarenta anos. O diminuto tamanho de cada peça é muitas vezes combinado com vários níveis narrativos, nonsense e humor absurdo.
Craig apresenta esboços que os encenadores e marionetistas do futuro deveriam terminar.
Dramas Curtos em Miniatura é construído a partir de algumas destas micropeças, num ambiente tropical e surrealista, em que outros autores vão intervir, como Tristan Tzara, René Magritte, Jacques Prévert ou Mário-Henrique Leiria, numa narrativa de histórias sem sentido, para tentar descobrir o sentido do mundo, qual cadavre exquis, marca habitual no trabalho da Tarumba.
“Só há três maneiras de viver neste mundo: ou bêbado, ou apaixonado, ou poeta.” – Mário Cesariny
A Tarumba – Teatro de Marionetas, com direção artística de Luís Vieira e Rute Ribeiro, foi criada em 1993 com os objetivos de desenvolver um trabalho de grande qualidade técnica e artística, bem como trazer uma constante inovação ao Teatro de Marionetas em Portugal. A companhia é responsável pela programação e produção anual do Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas – FIMFA Lx, que recebeu o Prémio da Crítica de Teatro 2010 pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro. Os diretores artísticos da Tarumba receberam o Prémio Personalidade 2013, inserido no Prémio Nacional Multimédia, atribuído pela APMP – Associação Multimédia, pelo trabalho desenvolvido no âmbito do FIMFA.
Desde 1993 foram encenadas peças de Christopher Marlowe, de Federico Garcia Lorca, William Shakespeare, Bertolt Brecht, entre outros autores. As qualidades técnicas e artísticas do projeto têm sido admiradas, não só em Portugal, mas também em países como França, Estados Unidos, Espanha, Reino Unido, Dinamarca, Noruega, Suécia, Argentina, Brasil, República Checa, Eslovénia, Eslováquia, Índia, Paquistão, Hungria ou Turquia. No World Festival of Puppet Art (Praga), a companhia obteve o Prémio de Melhor Dramaturgia, e a nomeação para o prémio de melhor manipulação. Os espetáculos Mironescópio e Este não é o Nariz de Gógol, mas podia ser com um toque de Jacques Prévert foram apresentados na secção IN do Festival Mondial des Théâtres de Marionnettes de Charleville-Mézières, em 2013 e 2019.
A Tarumba realiza, desde a sua formação, ateliês experimentais em torno das artes da marioneta e das formas animadas, destacando-se os workshops de Teatros de Papel. Trabalho realizado em Portugal e internacionalmente. Luís Vieira e Rute Ribeiro foram artistas convidados da Eugene O’Neill National Puppetry Conference 2024 – Eugene O’Neill Theater Center, Estados Unidos.
O CAMa – Centro de Artes da Marioneta é o espaço de residência da companhia e um centro de desenvolvimento de projetos, onde se integra o Projeto Funicular, um programa de formação internacional e um centro de documentação.
Técnica Figuras de papel articuladas, objetos e mini câmeras Encenação, conceção, marionetas e atores-manipuladores Luís Vieira, Rute Ribeiro Adaptação e textos Rute Ribeiro Sonoplastia Miguel Lucas Mendes Assistência de cena e produção executiva Rita Caetano Soares Produção executiva Mariana Monteiro Fotografias Luís Vieira, Pedro Sardinha, Margarida Barbedo Apoios e parcerias Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC /// A Tarumba é uma estrutura financiada por República Portuguesa – Cultura / DGArtes