D. Carlos foi um dos mais interessantes e interessados monarcas da dinastia de Bragança. No entanto, por razões que se prendem não só com a turbulência do final da monarquia, mas também com a visão transmitida pela historiografia pós-república, acabaria por ser durante décadas, incompreendido e muito mal-amado.
Herdou um reino à beira da bancarrota e no auge de uma disputa territorial em África com a poderosa Inglaterra, que acabaria com o Ultimato, que ensombraria o resto do seu reinado. Apesar disso, D. Carlos conseguiria minimizar as perdas no continente africano, recolocaria Portugal no mapa político europeu, tentaria modernizar a administração pública, a instrução e o exército.
Interessou-se ainda pela fotografia, pela pintura (tendo sido um excelente artista), pela ornitologia e pela oceanografia (os seus trabalhos nesta área serviram de base à oceanografia portuguesa).
Seria assassinado em 1908, juntamente com o seu filho, no Terreiro do Paço, em Lisboa.
PROGRAMA
1.ª sessão: Portugal na 2ª metade do século XIX
2.ª sessão: D. Carlos, um príncipe desejado
3.ª sessão: O rei artista
4.ª sessão: O cientista
5.ª sessão: Um trono apodrecido
Coordenação: Margarida Magalhães Ramalho
Horário: 5.ªs feiras; das 18h00 às 19h00
Duração: 5 sessões, de 27 de outubro a 24 de novembro
Preço: 100€ (sócio CNC) | 120€ (não sócio CNC)
Nos cursos online todas as sessões serão gravadas e disponibilizadas aos participantes inscritos, no canal Youtube do CNC.
Margarida Magalhães Ramalho
Investigadora do HTC – História, território e comunidades (na NOVA FCSH do Centro de Ecologia Funcional – Ciência para as Pessoas e o Planeta – da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra).
Licenciada em História da Arte. Dirigiu as escavações arqueológicas na Fortaleza de Nossa Senhora da Luz, em Cascais (1987-2005). Pertenceu aos quadros da EXPO’98 (1993-1998) onde comissariou várias exposições. Free lancer desde então, continua a comissariar exposições e a apresentar comunicações tanto no país como no estrangeiro. Coautora do Museu Virtual Aristides de Sousa Mendes, on line desde 2008, é a responsável científica do Museu Vilar Formoso Fronteira da Paz. O trabalho aí desenvolvido foi reconhecido pela APOM que lhe atribuiu, em 2018, o Prémio de Investigação. Nesse ano, recebeu ainda com o livro Thomaz de Mello Breyner, Relatos de uma Época o Prémio do Grémio Literário. Ainda em 2018, recebeu também o Prémio Fundação António Quadros pelo trabalho desenvolvido na divulgação histórica.
A sua área de investigação actual tem como arco temporal o final da monarquia e o final dos anos de 1940 com especial destaque para a questão da passagem de refugiados por Portugal durante a II Guerra Mundial.
Na área dos audiovisuais colabora como consultora histórica em produções nacionais e estrangeiras.
Em 2021, faria, durante as Honras de Panteão a Aristides de Sousa Mendes, o Elogio Fúnebre deste diplomata.
Tem mais de vinte títulos publicados e colabora regularmente como divulgadora histórica com a Visão História e a revista do Semanário Expresso.
Mais informações:
Alexandra Prista | (+351) 965 271 877 | divulgacao@cnc.pt