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Concertos Brandeburgueses de Bach

É na sala virtual do TNSC que propomos a audição integral dos extraordinários Concertos Brandeburgueses de J.S. Bach, com a Orquestra Sinfónica Portuguesa liderada por Ana Pereira.

Unanimemente reconhecidos como um dos marcos da história da música ocidental, estes seis concertos foram compostos por Johann Sebastian Bach entre 1718 e 1721 e dedicados a Cristóvão Ludovico de Brandemburgo-Schwedt, que os encomendara.

Curiosamente, apesar da sua importância e genialidade, os concertos ficaram totalmente esquecidos durante mais de um século e só foram publicados em 1850, depois da sua descoberta em arquivos de Brandemburgo.

Na sexta-feira, dia 19, às 21h, apresentamos os Concertos n.º 1, 2 e 3.

No Concerto n.º 1 em Fá Maior, o único estruturado em quatro andamentos, o compositor reutiliza outras obras de sua autoria, como a Abertura da Cantata BWV 208 ou a Sinfonia da Cantata BWV 52.

O Concerto n.º 2 em Fá Maior tem sido descrito como uma pirâmide em cuja base estão os instrumentos de corda, logo acima os solistas e, no topo, um único solista com maior importância, neste caso a trompeta.

O Concerto n.º 3 em Sol Maior da coleção é talvez o mais popular de todos eles. Johann Sebastian Bach, aqui, deixa de lado os instrumentos de sopro para se focar inteiramente nas cordas.

No domingo, dia 21, às 16h, completamos a jornada Bach, com a apresentação dos Concertos n.º 4, 5 e 6.

O Concerto n.º 4 em Sol Maior é considerado um dos mais modernos quanto à sua conceção, pois aponta para um modelo que só estará plenamente em voga no período galante que se seguiu ao Barroco. O violino assume aqui traços vincadamente virtuosísticos.

No Concerto n.º. 5 em Ré Maior o cravo afronta, no primeiro andamento, passagens de impressionante dificuldade. Pensa-se que a obra possa ter sido escrita em 1719 para apresentar um novo instrumento trazido de Berlim para a corte de Köthen pelo próprio Bach. Outros aventam a hipótese de ter sido escrito para uma competição em Dresden entre o compositor e organista francês Louis Marchand, dado que no andamento central Bach usa um tema deste último. Alguns estudiosos consideram esta obra como o primeiro grande exemplo de concerto com solista de teclas.

O Concerto n.º 6 em Si bemol Maior, último da série, foi escrito para uma combinação pouco usual de instrumentos de cordas: não usa violinos e os instrumentos solo (duas violas da braccio e um violoncelo), bem como os instrumentos de acompanhamento (duas violas da gamba e um cravo), são incomuns na produção do compositor. Obra que fecha em chave de ouro este impressionante conjunto em que está patente o total domínio da polifonia por parte do grande Kantor.

Estes dois concertos estão integrados na temporada 20-21 e foram gravados neste mês de março, para efeitos de transmissão online.

A Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) é liderada pela violinista Ana Pereira, cabendo a interpretação dos vários solos a diferentes músicos da OSP.

Fichas Artísticas

Concertos Brandeburgueses BWV 1046-1048
Sexta-feira, 19 de março, às 21h
Transmissão na sala virtual TNSC em tnsc.bol.pt/live

Anabela Malarranha, Flauta
Ricardo Lopes, Luís Marques e Luis Auñón Pérez, Oboé
David Harrison, Fagote
Paulo Guerreiro e Luís Vieira, Trompa
Jorge Almeida, Trompete
Ana Pereira, Violino e Direção Musical
Orquestra Sinfónica Portuguesa

JOHANN SEBASTIAN BACH
Concerto Brandeburguês n.º 1 em Fá Maior BWV 1046
Concerto Brandeburguês n.º 2 em Fá Maior BWV 1047
Concerto Brandeburguês n.º 3 em Sol Maior BWV 1048

Bilhetes (3€): Tnsc.bol.pt

Concertos Brandeburgueses BWV 1049-1051
Domingo, 21 de março, às 16h

Pedro Saglimbeni Muñoz e Ceciliu Isfan, Viola
Irene Lima, Violoncelo
Anabela Malarranha e Rui Matos, Flauta
José Carlos Xavier, Cravo
Ana Pereira, Violino e Direção Musical
Orquestra Sinfónica Portuguesa

JOHANN SEBASTIAN BACH
Concerto Brandeburguês n.º 4 em Sol Maior BWV 1049
Concerto Brandeburguês n.º 5 em Ré Maior BWV 1050
Concerto Brandeburguês n.º 6 em Si bemol Maior BWV 1051

Bilhetes (3€): Tnsc.bol.pt