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Teatro
São Luiz Teatro Municipal
Rua António Maria Cardoso, 38, 1200-027 Lisboa

“Cochinchina” sobe ao palco do São Luiz

Cochinchina é uma adaptação livre da obra de Afonso Cruz, Princípio de Karenina. Vem encerrar uma trilogia de cartas de amor e morte que Sandra Barata Belo iniciou com Morreste-me, de José Luís Peixoto, seguindo-se Carta de uma Desconhecida, de Stefan Zweig.

Além de serem cartas que nos falam de amor e de morte, estas criações têm em comum o facto de serem obras literárias que a atriz adaptou para teatro.

Nesta trilogia há uma inquietude ao falar da vida, destes sítios aparentemente estáveis onde nos arrumamos, onde guardamos o passado, onde o presente é frágil e mal se sente. A dualidade é constante, o pensamento também e o futuro chega antes do tempo. E quando já não temos tempo, chega-nos inesperadamente uma carta, chega-nos inesperadamente a morte. Cedo demais, tarde demais.

Um homem vive na dualidade entre o que está dentro da sua porta e para lá dela. O estrangeiro tanto o inibe, como o fascina. Até ao dia em que uma empregada da Cochinchina vem trabalhar para sua casa e quebra todas as fronteiras criadas, primeiramente pelo pai e depois por ele. A partir daqui, há uma luta constante entre o amor e a desilusão, a coragem e a cobardia, entre ir ou ficar, e estranhamente está tudo certo.

No fim da sua vida quando não há mais para adiar, restando-lhe apenas a morte, parte para o Oriente em busca de uma filha que nunca o irá conhecer e escreve-lhe uma carta, revelando a sua história, que é também a base do nosso Portugal em contrários e com os seus antónimos.

Horários: quarta a sexta, 20h; domingo 17h30

Sala Luis Miguel Cintra
Duração 1h40
M/12
€12 a €15 (com descontos)

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