Esta exposição pretende revelar um vasto e significativo conjunto de documentação e obras de artistas, galerias e críticos de arte, ativos desde a segunda metade do século XX.
O que é um arquivo de arte? Que relações podem estabelecer-se entre o que está dentro e fora do arquivo? Saindo das tipologias mais normativas, a exposição procura esbater as fronteiras entre obra de arte e documento.
Centrada nos fundos preservados no BAC – divididos entre artistas (Ana Vieira, Eduardo Nery, Graça Costa Cabral, Nuno de Siqueira, Pedro Morais), galerias (Judite Dacruz, Quadrum) e críticos de arte (Alexandre Melo, João Pinharanda e José Luís Porfírio) –, a mostra terá também obras de arte que ramificam a partir destes acervos, reconhecendo as múltiplas potencialidades contidas no arquivo.
Seguindo uma lógica rizomática, os espólios desdobram-se numa ampla rede de nomes de outros artistas, resgatados em correspondência, notas de trabalho, experiências de ensino ou trocas de afeto.
São as obras desses artistas que agora foram convocadas para compor e inscrever uma história da arte não estabilizada ou canónica. Numa lógica de ativação do arquivo foram ainda convidados artistas a produzir obra nova e planeia-se um programa público de conferências e visitas orientadas.
Artistas: Ana Vieira, Eduardo Nery, Graça Costa Cabral, Nuno de Siqueira, Maria Beatriz, Pedro Morais Ramificações: Júlio Pomar, Mário Cesariny, Louise Lawler, Patrícia Garrido, Francisco Tropa, Fernando Calhau, Maria Felizol, Mumtazz, Rui Calçada Bastos, Sérgio Taborda, Christo, Vieira da Silva, Menez, Lourdes Castro, Marta Soares, Ângelo de Sousa, E.M. de Melo e Castro, Carlos Nogueira, Helena Lapas.
Comissariado: Lígia Afonso, Marta Guerreiro e Rita Salgueiro
Horário: Terça a domingo, das 10h às 13h/14h às 18h