O rumor e a mentira incandescem e ninguém parece a salvo da acusação ou da vingança. Estreada em 1953, As Bruxas de Salém foi pensada como um paralelo às trevas do macarthismo que corroíam o coração da América, consumida pela febre anticomunista, que também vitimou Miller. Do seu epicentro – um fascínio primevo pela paranoia, que sacrifica indivíduos na sua fúria coletiva – ressoam hoje múltiplos ecos. É com ela que Nuno Cardoso prossegue a inquirição dos alicerces da vida em comunidade, num outro ensaio sobre a cegueira do homem social. De novo Miller: “Subjacente às preocupações com a justiça, a peça evoca um caldo letal de sexualidade ilícita, medo do sobrenatural e manipulação política.”
DE Arthur Miller ENCENAÇÃO Nuno Cardoso TRADUÇÃO Fernando Villas-Boas CENOGRAFIA F. Ribeiro DESENHO DE LUZ Nuno Meira MÚSICA E DESENHO DE SOM João Oliveira VÍDEO Luís Porto MOVIMENTO Roldy Harrys FIGURINOS TNSJ ASSISTÊNCIA DE ENCENAÇÃO Pedro Nunes INTERPRETAÇÃO Ana Brandão, Carolina Amaral, Joana Carvalho, Jorge Mota, Lisa Reis, Mário Santos, Nuno Nunes, Patrícia Queirós, Paulo Freixinho, Pedro Frias, Sérgio Sá Cunha PRODUÇÃO Teatro Nacional de São João
Horário: sexta e sábado, 20h; domingo, 17h30