qui: 21h30; sex: 21h30; sáb: 19h, 21h30; dom: 19h
Caravaggio pintou fundamentalmente temas religiosos. Nos seus quadros, em vez de adotar figuras etéreas delicadas e perfeitas para representar acontecimentos e personagens bíblicos, preferia modelos mais próximos das figuras do povo, procurando a realidade crua, palpável e quase sensorial da representação. Esta representação da irredutibilidade humana incorporava a imperfeição e o mundano em cenas ousadas, características estas que distinguem inequivocamente as obras de Michelangelo Merisi da Caravaggio.
Judite e Holofernes, Madonna di Loreto e Adoração dos Pastores são algumas das obras do pintor italiano apresentadas sobre a forma de Quadros Vivos.
O género quadros vivos – traduzido do francês tableaux vivant -, teve sua popularidade entre 1830 e 1920. Tipicamente, o elenco de personagens representava, em palco, cenas da literatura, da arte, da história ou da vida quotidiana. Içada a cortina, os modelos permaneciam estáticos e em silêncio durante cerca de trinta segundos. Era colocada profunda enfâse na encenação, pose, traje, maquiagem, iluminação e, sobretudo, expressão facial dos modelos. Por vezes, um poema ou música acompanhava a cena.
A dramatização que será levada à cena na Igreja de São Roque recria em palco uma sequência de 21 obras do pintor.