Pertencentes a uma comunidade que tem sido levada ao tapete vezes sem conta, quando se esmurrarem com argumentos, entre os prometidos sangue, suor e lágrimas, faz-se luz, como nas fábulas esclarecidas. Ao sentimento de opressão, de que se libertam combatendo, opõe-se o sentimento de solidariedade, entre pares, que se reforça no combate, quando eles se reconhecem como iguais. Punhos cerrados. Destas forças contrárias, sai atrito bastante para passar das palavras aos atos.
No Teatro São Luiz, Cláudia Dias apresenta os cinco espetáculos do seu projeto Sete Anos Sete Peças, iniciado em 2016. Cada espetáculo, concebido com um parceiro ou parceira artística diferente, leva o nome de um dos dias da semana, seguido de um subtítulo, e faz a ligação entre artistas, pensadores, países e cidades, passado, futuro e presente, arte e ação política. O todo é maior que a soma das partes. Seguir cada peça e acompanhar a sequência é uma experiência diferente de ver cada uma delas, isolada ou alternadamente. Sete peças mais uma, essa formada pelo todo; ou ainda inúmeras outras, resultantes das várias combinações possíveis e da coleção particular que cada um queira e possa fazer. No São Luiz, os espetáculos complementam-se com um ciclo de conversas e uma oficina do ilustrador António Jorge Gonçalves, responsável pelo desenho e grafismo dos livros deste projeto.
Conversas Dias Úteis
Paralelamente à apresentação dos espetáculos, haverá conversas entre os vários criadores participantes e convidados, para debater as relações entre arte e debate político, arte e metodologias, arte e história, arte e exclusão, arte e escola, arte e tudo.
Conversa com os criadores após o espetáculo