A coexistência num espaço delimitado (uma folha desdobrável – o jornal) de formas híbridas e impuras, questiona “onde começa e o que é um texto literário?”; a subversão que configura um conflito entre literário e não literário, ficcional e real, fictício e factual, poético e histórico; a narrativa paralela em contraponto à “história oficial”; o “instantâneo” da escrita e da receção; o processo de apropriação e transformação; o verosímil, o inverosímil, a experiência e a verdade; por último, uma miscelânea ostensiva de formas e registos com o intuito de “entretenimento de todas as classes da população”, nas palavras do próprio Kleist. O encontro e afinidade dos artistas no projeto In octavo é satisfazer uma dimensão sensível que é transmitida e sobrevive pela memória (herdada e presente), criar um espaço de pensamento único e imprimir à atualidade cultural portuguesa um momento de pathos – uma singularidade sensível.
A partir de textos de Heinrich von Kleist, in Estranha Profecia e Outros Textos, publicados no Berliner Abendblätter, jornal diário dirigido e redigido por Kleist entre 1 de outubro de 1810 e 30 de março de 1811.
A partir de textos de Heinrich von Kleist Tradução Bruno Duarte Encenação Maria Duarte Interpretação Catarina Rôlo Salgueiro, Flávia Lopes, Leonardo Garibaldi, Nuno Pinheiro Figurinos Maria Duarte Cenografia e Desenho de luz João Rodrigues Produção Leonardo Garibaldi e Nuno Pinheiro Coprodução Maria Duarte e São Luiz Teatro Municipal
Horário: quarta a sábado, 19h30; domingo, 16h