Uma produção do Teatro Nacional D. Maria II, neste monólogo escrito por Miranda Rose Hall reflete sobre extinções animais, eco-ansiedade e o death drive capitalista, questionando o que significa vivermos em comunidade num momento de extinção. Em Uma peça para quem vive em tempo de extinção sentimos a vertigem da finitude através de uma caminhada ao longo de vários tempos, num espetáculo interpretado por Ana Tang e que conta com a presença de um coro, responsável por gerar a energia elétrica que ilumina a cena, em tempo real.
Este espetáculo integra o STAGES (Sustainable Theatre Alliance for a Green Environmental Shift), um projeto financiado pela União Europeia, com 14 parceiros, que pretende pensar o possível contributo do setor cultural para os desafios colocados pela emergência climática, testando soluções sustentáveis para a criação e a circulação internacional de espetáculos. No âmbito deste projeto, são desenvolvidas, pelos teatros parceiros, reencenações de espetáculos de Jêrome Bel e Katie Mitchell, com recursos e equipas locais, sem a deslocação de pessoas ou objetos.
Em Portugal, Ana Tang e Guilherme Gomes reencenam Uma peça para quem vive em tempo de extinção, com texto de Miranda Rose Hall e conceção e direção original de Katie Mitchell, num projeto que se enquadra no que se pode identificar como eco-dramaturgia, que desafia a não dar por garantida a existência de um edifício teatral.
Uma peça para quem vive em tempo de extinção estará em cena no TBA de 5 a 8 de dezembro e conta com Língua Gestual Portuguesa integrada no espetáculo e audiodescrição em todas as sessões. No dia 6 de dezembro, decorrerá uma conversa com a equipa artística após o espetáculo, com interpretação em Língua Gestual Portuguesa. As sessões com recursos de acessibilidade do D. Maria II são apoiadas pelo Grupo Ageas Portugal.