O CADERNO DE ABRIL é ao mesmo tempo um texto intimista, biográfico, uma ensaística poética que convoca memórias, que invoca considerações pessoais. Um testemunho na primeira pessoa, em que convivem o real, com o factual, com o ficcional.
O seu ponto de partida são as recordações e as memórias pessoais e íntimas, que se partilham, como contributo aos cinquenta anos de vida em democracia.
Foram escolhidas 15 canções (de outras tantas possíveis), que estimulam a memória pessoal dos tempos sombrios e descoloridos, do dia em que aconteceu a liberdade, da utopia que sonhou futuros.
As letras dessas canções trouxeram à superfície recordações, histórias que aconteceram, histórias que aconteceram dentro do autor, construindo uma colagem desses eventos vividos e sentidos.
Neste Livro, homenageiam-se os heróis de Abril e os anónimos que não lhes descobrimos nome; faz-se a narrativa de um passado pessoal, vivido paralelamente ao desenrolar da história de todos; pinta-se com cores mais vivas, os anos de Democracia, sem desleixar a honestidade de admitir e assinalar erros e desvios.
É um texto disposto de uma forma híbrida, versos em prosa, que é simpático e antipático, alegre e triste, suave e rude, afinal, não podia ser outra a descrição sensitiva de uma vida que acompanha uma fatia do tempo (em anexo a este documento, apresenta-se o texto do capítulo de Introdução “O QUE SE QUER DIZER”, e o texto a “A MORTE SAIU À RUA”
Luis Robalo