A exposição apresenta um conjunto de pinturas e desenhos de Ayres, produzidos entre 1947 e 1959, período em que o artista residia em Moçambique. No seu livro “Arte em Moçambique – Entre a construção da nação e o mundo sem fronteiras 1932-2004”, Alda Costa analisa o panorama artístico moçambicano nesta época e a obra de João Ayres, escrevendo que este “(…) não se reivindicou como um artista africano nem como um artista de Moçambique, mas o seu trabalho, e a influência que exerceu, ocupa lugar importante na História da Arte em Moçambique e esse lugar deve ser reivindicado”[1]. Nesta conversa será refletido o papel de Ayres enquanto precursor do Modernismo em Moçambique e o lugar da sua obra no panorama contemporâneo.
[1] Alda Costa, “Arte em Moçambique – Entre a construção da nação e o mundo sem fronteiras 1932-2004” p. 43
Alda Costa
Alda Costa nasceu em Pemba, Moçambique, em 1953. Trabalhou como museóloga no Departamento de Museus do Ministério da Cultura, que chefiou entre 1986 e 2001, e com o qual mantém, até ao presente, colaboração. Foi Presidente da Comissão Instaladora do Instituto Superior de Artes e Cultura/ISArC (2007-09). É atualmente Diretora de Cultura da Universidade Eduardo Mondlane em Maputo.
A sua formação académica foi feita em História (1976) e Museologia tendo concluído (2005/2006) o Doutoramento em História da Arte com uma tese sobre arte moderna e contemporânea de Moçambique (c.1932-2004). A sua experiência profissional inclui ainda, entre outros domínios, o ensino e a planificação curricular. Entre as suas publicações contam-se manuais didáticos sobre história e ensino de história, artigos, capítulos e textos sobre património cultural, museus, museografia/museologia e arte em livros, catálogos de exposições e publicações especializadas.
Sessão em parceria com a Escola Livre.