Agenda

Encontros
Galeria Zé dos Bois
R. da Barroca, 59 . 1200-049 Lisboa

Visões de Guerra e Contracultura

Conversa a ter lugar na ZDB, com Catarina Laranjeiro e Daniel Barroca, Joaquim Furtado, Manoel Barbosa, Marta Mestre e Natxo Checa

A guerra colonial portuguesa e as independências africanas foram períodos de intensa produção e circulação de imagens à margem do poder oficial. Uma polifonia de fragmentos dissonantes, que contradizem lugares comuns da “cultura da colonização”, é o que lentamente começa a constituir um novo material crítico, de revisão histórica.

A conversa “VISÕES DE GUERRA E CONTRACULTURA” insere-se no programa público da exposição “Alto Nível Baixo” (até dia 1 de fevereiro) e reúne convidados da área da antropologia, artes visuais, terapia e jornalismo. Abordará a guerra colonial e as independências africanas à luz de produções visuais marginais e de ruptura realizadas em Angola e na Guiné-Bissau. Práticas artísticas, xamanicas e ritualísticas sob a lente dos alucinogéneos e plantas medicinais, entre a cura e o terror colonial, engendrando processos de fabulação recíproca, de representações e de contra-representações.

Catarina Laranjeiro e Daniel Barroca
Artistas e antropólogos, autores de “Fogo no lodo / Fire in the mud” (KINTOP filmes), filme que actualmente está a ser realizado no sul da Guiné-Bissau, junto a uma comunidade balantas conhecida pela sua forte tradição de resistência ao colonialismo e pelo “YangYang”, movimento religioso de curandeiros que emergiu em meados dos anos 80 por todo o sul da Guiné.

Joaquim Furtado
Jornalista, escritor, autor do documentário “A Guerra” (RTP) composto por 42 episódios e considerado um dos mais importantes trabalhos jornalísticos sobre a guerra colonial portuguesa.

Manoel Barbosa
Artista pioneiro da video-art e da performance em Portugal, autor da série “Desenhos de Guerra” realizados entre 1973-75 no quartel de Zemba, em Angola, e patentes na exposição “Alto Nível Baixo.

Kosmicare
Organização sem fins lucrativos que “trabalha para transformar a cultura da vida noturna através de políticas e intervenções humanistas e abrangentes”. A equipa por trás do projeto “idealiza um mundo onde as drogas são usadas com liberdade e sabedoria” e sustenta-se em pilares de intervenção, investigação e defesa.

Entrada livre mediante apresentação ou aquisição do bilhete da exposição (3€). Entrada livre para sócios ZDB.