Na altura do seu primeiro encontro, Aldara estabelecia-se como criadora, Sónia crescia, muitas vezes contrariada, como presença híbrida e fluída. As preocupações que as moviam foram-se transmutando com os anos, as questões que as revolviam foram crescendo com os anos e com os encontros. “Considerando que cada encontro é uma pergunta potencial, que no fazer e refazer da nossa identidade se apreende o mundo, que o caminho se clarifica com a construção e a curiosidade, o caminho que lança o sentido da existência. Por tudo isso provocamos outros encontros, com a Ana Valentim e a Vânia Doutel Vaz, com gerações e origens diferentes para explorar as pontes, e os fossos, geracionais, que ligam quatro vivências distintas, em diálogo, ou conflito com a geração que vive a adolescência no momento presente”, descrevem. Falam da experienciação dos afetos, dos desejos, das estranhezas, da aprendizagem do amor, nas suas variadas manifestações, dentro de dinâmicas familiares, culturais e sociais. Do corpo como repositório de dúvidas, esperanças, anseios e lutas. Uma construção física que evolui a par com a construção da identidade.
“Questionamos o porquê das coisas, duvidamos, duvidamos muito. Antevemos outras possibilidades e outros sentidos no des-sentido da existência”, acrescentam.
CONCEÇÃO, DIREÇÃO E INTERPRETAÇÃO Aldara Bizarro e Sónia Baptista INTERPRETAÇÃO E COCRIAÇÃO Ana Valentim MÚSICA Maria do Mar DESENHO DE LUZ Daniel Worm COPRODUÇÃO Horta Seca Associação Cultural e São Luiz Teatro Municipal
A classificar pela CCE
público-alvo: maiores 14 anos
2 e 3 abril
sábado e domingo, 11h e 16h
Sala Mário Viegas
€7 adulto, €3 criança/jovem até 18 anos
Escolas
30 março a 1 abril
quarta a sexta, 10h30 e 14h30
Por marcação pelo email maisnovos@teatrosaoluiz.pt