Dia 2 de janeiro, às 11h, em São Carlos; e dia 3 de janeiro, às 11h, no Teatro Municipal Joaquim Benite (Almada), apresentamos um programa dirigido por Antonio Pirolli.
O conjunto de obras que juntará em palco a Orquestra Sinfónica Portuguesa e a soprano Elisabete Matos, inicia-se com a peça de Ottorino Respighi que se intitula Il Tramonto (O Crepúsculo), uma composição que musica um poema de Percy Shelley e que foi escrita em 1914, quando a Europa parecia também entrar num ocaso civilizacional.
Como a um ocaso segue-se sempre uma aurora e o nascimento de um Novo Ano deverá ser sempre matéria de alegria e de união, de Ruggero Leoncavallo ouviremos ouviremos um trecho da sua La bohème que nos fala do poder da Música e, também, a sua célebre Mattinata, que continua a servir de veículo às mais esplendorosas vozes do novo milénio.
Por último, de Alexander von Zemlinsky apresentaremos Waldgespräch, uma balada sobre o poema homónimo de Joseph von Eichendorff (1788-1857), baseado no mito de Lorelei.
Para além das peças cantadas, o concerto incluirá uma abertura de Franz Schubert, um intermezzo de Pietro Mascagni e um Sinfonia de Joseph Haydn, terreno fértil para a Orquestra Sinfónica Portuguesa, sob direção de Antonio Pirolli, conduzirem o público a vibrantes momentos sinfónicos.
Ficha Artística
CONCERTO DE ANO NOVO
TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS
2 de janeiro de 2021, 11h
TEATRO MUNICIPAL JOAQUIM BENITE, ALMADA
3 de janeiro de 2021, 11h
Elisabete Matos, soprano
Antonio Pirolli, direção musical
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Franz Schubert, Abertura em Dó Maior D. 591 Ottorino Respighi, Il Tramonto para voz feminina e orquestra de cordas Pietro Mascagni, Cavalleria Rusticana: Intermezzo Alexander Zemlinsky, Waldgespräch para soprano, duas trompas, harpa e cordas Joseph Haydn, Sinfonia n.º 22 em Mi bemol Maior, o «Filósofo» Ruggero Leoncavallo, La bohème — «Da quel suon soavemente» Ruggero Leoncavallo / R. Negri, Mattinata
M/6
Biografias
Elisabete Matos (Soprano)
Talvez a maior cantora lírica portuguesa, com 30 anos de carreira, é conhecida pelos seus papéis de soprano dramático com um repertório que passa pelos grandes compositores como Verdi, Puccini, Wagner e Strauss, entre outros. Tem atuado nos maiores teatros de ópera do mundo, como o Metropolitan de Nova Iorque, Scala de Milão, Staatsoper de Viena, Deutsche Oper Berlin, entre tantas outras, dirigida por grandes maestros.
É detentora de vários prémios em concursos nacionais e internacionais.
Antonio Pirolli (Direção Musical)
Natural de Roma, licenciou-se em piano, composição, música coral e direção de orquestra na Academia de Santa Cecília. Aperfeiçoou-se com Zoltán Peskó, Vladimir Delman e Rudolf Barshai, tendo ganho o 3.º Prémio no Concurso Arturo Toscanini de Parma. De 1995 a 2001 foi diretor musical no Teatro de Ópera de Ancara, ocupando, de 2001 a 2005, o mesmo cargo na Ópera Estatal de Istambul.
É maestro convidado principal da Orquestra Sinfónica Portuguesa na temporada de 2020-21.
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Criada em 1993, a Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) é um dos corpos artísticos do Teatro Nacional de São Carlos e tem vindo a desenvolver uma atividade sinfónica própria, incluindo uma programação regular de concertos, participações em festivais de música nacionais e internacionais.
No âmbito das temporadas líricas e sinfónicas, a OSP tem-se apresentado sob a direção de notáveis maestros, como Rafael Frühbeck de Burgos, Alain Lombard, Nello Santi, Alberto Zedda, Harry Christophers, George Pehlivanian, Michel Plasson, Krzysztof Penderecki, Djansug Kakhidze, Milán Horvat, Jeffrey Tate e Iuri Ahronovitch, entre outros.